Lectio Divina por Luís Adriano Correia da Silva de Brasil
0. Invocamos o espírito santo
Evangelho Segundo Mateus 19, 23-30
Então Jesus disse aos discípulos: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. E digo ainda: é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”. Ouvindo isso, os discípulos ficaram perplexos e perguntaram: “Quem, pois, poderá salvar-se?” Jesus olhou bem para eles e disse: “Humanamente isso é impossível, mas para Deus tudo é possível”. Em seguida, Pedro tomou a palavra e disse-lhe: “Olha! Nós deixamos tudo e te seguimos. Que haveremos de receber?” Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. Ora, muitos que são primeiros serão últimos, e muitos que são últimos serão primeiros”.
Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002.
1. Leitura, O que diz o texto?
Faça a leitura do Evangelho com calma e atenção. Qual é o contexto da narrativa? A quem Jesus está instruindo? Ao meditar este Evangelho quais são as surpresas da Deus para você?
“A figura da impossibilidade de um camelo passar pelo buraco de uma agulha impressionou os apóstolos e continua a nos impressionar. Foram feitas muitas tentativas para explicar a comparação. Mesmo assim continua de pé a frase: não podemos servir a Deus e ao dinheiro. No mundo mercantilista de hoje é impossível viver sem dinheiro. Na realidade, a moeda é uma mediação para o bem e para o mal. Quando utilizado com sabedoria, o dinheiro possibilita o pão, a educação, a saúde. Quando ele se torna o senhor da vida de alguém, torna essa vida miserável. O dinheiro precisa ficar no seu lugar, e o seu lugar é estar a serviço. É um ótimo empregado, mas um péssimo patrão. Ele, simplesmente, quer ser adorado.” (Viver a Palavra – 2020. Frei Aldo Colombo – Paulinas Editora).
2. Meditação, o que Deus nos diz no texto?
Eu sou um cristão, uma cristã envolvida com a proposta de Jesus? Como aproveito as oportunidades de fazer o bem que a comunidade e a sociedade me oferecem? Onde busco a sabedoria que dá sentido a vida? O que move minha vida: o dinheiro ou o serviço?
3. Oração, o que dizemos a Deus?
Este momento deixo meu coração falar com Deus. O que quero lhe dizer?
Rezo como missionário(a) pelas necessidades de meu povo. Falo com Deus das fragilidades humanas (lembro as classes menos favorecidas, as que exercem responsabilidade com o povo).
Permaneça comigo, Senhor, abençoa meus projetos de trabalho, minha vontade de fazer o bem e, que tudo o que eu fizer até mesmo as pequenas gentilezas sejam um testemunho de minha sintonia com a tua proposta de fraternidade e de serviço gratuito em prol do teu reinado sobre toda a criação.
4. Contemplación, ¿Cómo interiorizamos la Palabra de Dios?
Quais pessoas estou oprimindo por suas identidades? Acolho a todas as belezas das diferenças humanas e as coloco como dignas de visibilidade e atenção? Entendo que todas as pessoas são dignas do amor de Deus?
5. Ação, Qual meu compromisso com Deus?
Em tempos em que a humanidade avança na compreensão de que todo ser humano é importante, todas as raças, credos, gêneros e sexualidades são acolhidas no abraço fraterno do amor de Deus, como podemos agir de maneira a ser acolhedores assim como nosso Pai que nos criou?
Sugestões de gestos concretos:
– Procure ter empatia às causas que não surgem de você, historicamente muitas pessoas foram e são injustiçadas, mulheres, negros, LGBTQs, pessoas em situação de rua… etc. Procure conhecer as dores dessas pessoas, e dê lugar de visibilidade às suas demandas.
– Nas suas redes sociais publique ou compartilhe boas atitudes com essas populações. Indico conhecer o perfil do Instagram @atelie13 um Instagram católico e atendo à essa nova igreja mais acolhedora.
– converse com um amigo/a que sofre ou que luta diariamente por fazer parte dessas populações oprimidas historicamente.
– Abrace as diferenças pois todos nós somos filhos e filhas de Deus e merecemos a salvação igualmente.